Iraia Parfit

Uma certa dupla chegou ao parque naquela madrugada, não notaram a presença do carro por ele estar bem oculto do normal. A dupla ficou andando em círculos, como se ambos estivessem muito impacientes, a dupla se tratava de um homem de olhos bem diferentes, um era vermelho e o outro azul. A outra integrante era uma menina de cabelos roxos, bem pequena, usava um tapa olho preto normal.


Ambos deram um sorriso, e começaram a assoviar enquanto esperavam por um certo alguém. Pareciam ficar cada vez mais impacientes, e estava claro que ambos não costumavam ir a aquele lugar todas as noites, como uma forma de costume. Eram novos.

Dupla:

A dupla começou a perder a paciência depois de certos dez minutos, naquele momento uma mala se materializou nas mãos da garota, cujo estava muito irritada. Era uma bala grande, de ferro, estava trancada com um único cadeado de prata. Ela então deixou a mala em um banco da praça, e se virou para o parceiro.

- É o seguinte, aquele velhote disse para entregarmos para o homem que viria a aparecer aqui, mas esse cuzão está demorando. Vamos deixar a mala aqui, não passa ninguém a essa hora mesmo, então ninguém vai roubar.

O parceiro fez um sinal de concordância com a sua cabeça, em seguida levantou. Ambos deram as mãos, e começaram a sair do local lentamente mantendo os olhos em toda as partes. Então o rapaz travou do nada, fazendo um olhar macabro, seu olho direito que era da cor vermelha começou a brilhar.

- Há alguém nesse local, sinto o seu cheiro, e não é do homem que viria pegar a mala.

Sua parceira então, bastante surpresa, deu um sorriso lisonjeador.

- Não tem problema, meus filhos cuidarão dele.

Ao lado da mulher surgiu dois cachorros bem pretos, que simplesmente não tinham cor nos olhos, eram apenas brancos. Eles começaram a cheirar o chão de forma exagerada, em seguida começaram a caminhar bem lentamente pelas ruas. Eles estavam apenas nas ruas, mas estavam bem longe da maleta que estava no banco do parque. Movimentos bruscos fariam eles localizar a pessoa, mas tudo isso mudaria se tais movimentos fossem calmos e furtivos.

Os cachorros começam a sentir um cheiro estranho, como se algo tivesse se movimentado perto das sombras. Ambos começam a caminhar lentamente, até que simplesmente param quando chegam a cerca de oito metros de distância do carro.

- ???

No parque, um homem todo encapuzado apareceu, não dava para ver nada de sua aparência, nem mesmo a cor de sua pele. Ele ficou sentado ao lado da mala, logo em seguida a abriu para conferir, e depois a fechou de novo. Sua altura era cerca de 1m,92cm.

Os cachorros começaram a correr em direção ao homem que estava ali no banco, ele aparentava ser um homão da porra, macho pra caralho, mas na verdade a primeira coisa que ele fez foi correr para uma árvore perto do local, e se agarrou nela.

- SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDE!

Ele começou a subir na árvore, um dos cachorros conseguiu morder de leve o glúteo do homem, ao ponto de rasgar a calça do mesmo, aparecendo um pedaço da cueca. A voz do homem era bem grossa, parecia a de um capitão.

O homem percebeu que nenhuma alma viva atendia aos seus gritos de socorro, então isso significou que estava sozinho. Seus gritos pararam em um instante, o mesmo deu um pulo para trás para sair da árvore, e caiu em pézinho com a mala em suas mãos. Os cachorros simplesmente pararam de atacar, após o homem parar de gritar eles simplesmente se juntaram ao lado do mesmo.

- O documento desta mala atravessará o grande mar mediterrâneo para chegar ao seu verdadeiro destino, isso é tão belo, e magnífico. Tal mundo, tal universo, tudo estará em vossas mãos.

Naquele momento, ele retirou uma bolsa de sangue de seu sobretudo, parecia estar quase vazia mas ainda continha um resto relevável de sangue, cujo o mesmo levantou um pouco do pano que cobria o seu rosto para beber, dando abertura de visão a sua boca, somente. Sua cor racial era branca, tão branca quanto uma vela.

- Vamos embora, os invocadores de vocês me devem uma calça nova.

Então ele saiu acompanhado dos cachorros enquanto bebia o restinho do conteúdo da bolsa de sangue, depois de passar por uma sombra, eles simplesmente desapareceram.

10 minutos depois

Uma mensagem anônima chega ao celular de Iraia, seu IP estava totalmente camuflado, e quaisquer vias estavam protegidas. Se Iraia não tiver um celular, tal mensagem será transmitida mentalmente, sem chance de rastreação.

Mensagem Anônima: